UNITA nas Lundas arrecadava 4 milhões de dólares semanais com exploração de diamantes
24-12-2017 | Fonte: NJ

Em entrevista à TPA, concedida à margem da cerimónia de cumprimentos de Fim de Ano, realizada na passada sexta-feira, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, assegurou que os "Maninhos" não têm motivos para temer eventuais processos de rastreamento de fortunas angolanas no estrangeiro.
Apesar de garantir que nem o partido nem os seus militantes possuem riqueza no exterior, alegação que surge associada à constatação de que o "Galo Negro" comandou, durante a guerra civil, a exploração de diamantes nas Lundas, o dirigente não nega que daí resultaram importantes dividendos.
"O que acontecia na área das Lundas, é que o Governo estabelecido da UNITA - chamava-se o Governo das Terras Livres de Angola - tinha estabelecido um imposto", esclareceu o líder do maior partido da oposição, destacando a importância dessa iniciativa tributária.
"Fico admirado porque até aqui o imposto em Angola não funciona bem. Só a partir do ano passado, ou antepassado - por causa da crise - é que se começou a falar bastante do imposto", notou o político na entrevista à televisão pública.
"O imposto é fonte de receita para a manutenção de um Estado, para o pagamento de despesas do Estado", salientou Samakuva, sem esconder o impacto que a sua cobrança, associada à exploração e comercialização de diamantes nas Lundas, teve na gestão da UNITA.
"Nesse território - são palavras do próprio Savimbi - conseguia-se cobrar cerca de quatro milhões de dólares por semana", revelou Isaías Samakuva.
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