
O plenário do Tribunal Supremo reúne- se amanhã, na sua sede, em Luanda, para eleger os três candidatos a presidente do órgão, em substituição de Rui Ferreira, que renunciou ao cargo no dia 3 de Outubro deste ano.
O presidente do Tribunal Supremo é nomeado pelo Presidente da República de entre três candidatos eleitos por dois terços dos juízes conselheiros em efectividade de funções.
O vice-presidente do Tribunal Supremo, Cristino Molares de Abril e Silva, divulgou, na semana passada, a convocatória para o plenário, que decorre na sala de reuniões, tendo como ponto único a realização do pleito eleitoral.
Podem concorrer todos os juízes conselheiros que estejam no pleno exercício das suas funções, bem como os que estejam ausentes por férias e por motivos justificados, de acordo com o regulamento eleitoral, aprovado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial.
Fonte do Tribunal Supremo disse, ontem, ao Jornal de Angola, que entre os concorrentes para o cargo de presidente estavam os juízes conselheiros Joel Leonardo, presidente da Câmara Criminal, Joaquina Ferreira do Nascimento, presidente da Câmara do Cível e Adminis- trativo, José Martinho Nunes, Norberto Sodré, Efigênia Lima e Miguel Correia.
Uma comissão eleitoral, eleita pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, vai encarregar-se do processo. A comissão é composta por três vogais, sendo um coordenador, coordenador adjunto e um secretário, que não são juízes conselheiros do Tribunal Supremo em efectividade de funções e têm a incumbência de acompanhar e fiscalizar a votação e o apuramento dos resultados, que serão anunciados no mesmo dia.
No dia 3 de Outubro, o Presidente da República, João Lourenço, aceitou o pedido de renúncia de Rui Ferreira ao cargo de juiz-conselheiro-presidente do Tribunal Supremo, que lhe foi apresentado no mesmo dia.
Uma nota da Secretaria para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República referia que o pedido de renúncia foi “aceite no interesse da salvaguarda do bom nome da Justiça angolana”.
A nota anunciava que, nos próximos dias, “vai ser dado início ao processo da sua substituição, de acordo com o previsto na Constituição da República e na lei”. Nomeado em 2018, Rui Ferreira foi o primeiro presidente do Tribunal Constitucional, cargo que ocupou entre 2008 e 2017.
Antes de deixar o cargo, Rui Ferreira, na qualidade de presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, estava a conduzir o processo de reforma da Justiça, com a implementação dos tribunais de Comarca e da Relação e o enquadramento de novos magistrados.
Além de representar o Tribunal Supremo, o presidente tem a competência de convocar e presidir ao plenário, presidir, sempre que entenda, as conferências das Câmaras e Secções, sem direito a voto, nomear e conferir posse aos secretários, escrivãos e aos demais funcionários da instituição.
O presidente preside igualmente ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, órgão superior de gestão e disciplina da magistratura judicial. O TS, instância judicial superior da jurisdição comum, é composto por até 21 juízes conselheiros, incluindo o presidente.
Os juízes conselheiros são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Conselho Superior da Magistratura Judicial, após concurso curricular de entre magistrados judiciais, do Ministério Público e juristas de mérito.
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