Angola quer mais parcerias com empresas de Portugal
10-03-2009 | Fonte: SIC
Angola quer que as empresas angolanas estabeleçam mais parcerias com as empresas de Portugal, visando um aumento do investimento recíproco em cada um dos países, disse, esta terça-feira, o Presidente de Angola na sua visita oficial a Portugal.

José Eduardo dos Santos qualificou de "tímido" o nível actual de investimento angolano em Portugal, e defendeu que o incremento das relações económicas bilaterais passa pelo estabelecimento de participações cruzadas entre empresas dos dois países.

José Eduardo dos Santos salientou ainda a necessidade de "estabelecer um quadro financeiro que permita a expansão do investimento público e privado entre os dois países".

No âmbito privado, referiu, o regime angolano está "muito interessado em defender parcerias que são criativas, produzam resultados e sirvam para resolver os problemas dos nossos povos".

Nos últimos anos, na sequência de em 2002 ter sido estabelecida a paz em Angola que pôs fim a quase três décadas de guerra civil, o investimento de empresas portuguesas no país africano tem aumentado bastante.

As empresas angolanas também têm tomado participações estratégicas em empresas nacionais, tendo José Eduardo dos Santos frisado que "são, por enquanto, passos tímidos dados por empresários angolanos, sobretudo pela Sonangol" -- a petrolífera estatal angolana.

"O nosso desejo é continuar a trabalhar no sentido de ampliar este esforço de tal maneira que, através de participações cruzadas, se possa aumentar o investimento angolano em Portugal e o investimento português em Angola", disse o presidente de Angola, em declarações aos jornalistas.

"O nosso propósito é que Portugal e Angola possam estabelecer um quadro financeiro que permita a expansão do investimento, quer no sector público, quer no sector privado", afirmou José Eduardo dos Santos, após um encontro com o seu homólogo português durante uma visita oficial a Portugal.

Parcerias para enfrentar crise mundial

O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, referiu que "os dois países completam-se em vários domínios, em particular na parte económica", adiantando: "devemos pensar numa verdadeira parceria estratégica".

Cavaco Silva referiu que as parcerias entre os dois países podem funcionar como amortecedores face à crise financeira e económica mundial, que tem afectado mais Portugal do que Angola.

"Angola e Portugal sentem os efeitos da crise económica mundial e a contribuição desses empresários poderia ser bastante útil para a procura de soluções que nos permitam aliviar ou atenuar os efeitos dessa crise internacional", concordou José Eduardo dos Santos.
 
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