Muçulmanos invadem Angola
13-09-2004 | Fonte: A Capital

Em Angola, segundo a fonte, o Islão começou a fazer-se sentir no principio de 1990 face às mudanças no sistema político. A mesquita no Mártires do Kifangondo, a primeira em Angola, foi construída em 1994 altura em que a prática do Islão se tornou mais aberta localmente, arrastando, atrás de si, um gigantesco e rápido crescimento de fiéis e de infra-estruturas.
Citando Diakitê, um alto responsável do Islão em Angola, em apenas oito anos, o número de mesquitas na capital angolana cresceu para oito, numa média de uma nova estrutura por ano, sempre cheia de fiéis. O crescimento da comunidade muçulmana não é exclusivo a Luanda. Diakitê, proveniente do Mali, na sua qualidade de responsável religioso, disse que existem mesquitas em quase todas as províncias angolanas, em número igual ou superior a Luanda.
Segundo ele, na província da Lunda-Sul, rica em diamantes, foram construídas, 15 gigantescas mesquitas. O Tablóide, adianta que Luanda assiste ao crescimento do Islão no país, embora manifesta regularmente uma certa desconfiança. O Director Nacional para os Assuntos Religiosos, disse recentemente à Agencia Lusa, que a expansão dessa confissão religiosa em Angola, está a ser estudada cuidadosamente.
Francisco Lisboa Santos reconheceu que o número de crentes não pára de crescer, servindo-se de dados do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos que indicam a existência de mais de 15 aderentes do Islão em Angola.
Os muçulmanos em Angola são, na sua maioria, comerciantes. Substituíram os portugueses à frente de pequenas lojas de bairro ou cantinas que vendem de tudo um pouco, desde electrodomésticos a agulhas de costura, a preços mais atractivos que os do resto do mercado. Só não podem, por razões religiosas, comercializar bebidas alcoólicas e carne de porco.
“BOMBAS SÓ NO IRAQUE”
O chefe religioso Diakitê, responsável da mesquita central, no bairro Mártires de Kifangondo, insurgiu-se contra os que rotulam o Islão de religião dos terroristas. O Alcorão, disse ele, “não manda ninguém se tornar malfeitor”, por isso atribuiu a má fama que os muçulmanos têm no mundo, como resultado das acções de pessoas que misturam a religião com a política.
De resto, enfatizou, “em todo o Islão não se encontra nenhum capítulo que orienta os muçulmanos a tornarem-se bombistas para matar alguém.
Se fosse Alá, Diakitê abençoaria a reacção dos islamitas do Iraque. “Quando alguém luta pelo seu país, tem toda a razão. É como se alguém atacasse a sua família. Você tem que se defender”, concluiu.
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