Rafael Marques termina mandato na Open Society
29-01-2005 | Fonte: Semanário Angolense

Segundo a nossa fonte, o mandato de Rafael Marques terminou em Dezembro último, depois de sete anos no posto, devendo ser substituído por um brasileiro, cujo nome não nos foi possível apurar já.
Até à chegada do brasileiro, o escritório da Open Society em Luanda será chefiado por uma senhora conhecida apenas por Dona São, que já conhece bem os cantos da casa.
Durante o mandato de Rafael Marques, a Open Society chegou a ganhar as parangonas da imprensa, ao empreender realizações em prol da democracia que não eram muito bem vistas pelo regime de Luanda, ganhando assim antipatias no seio do governo e do partido no poder. Chegou, inclusive, a estar preso por ter escrito um artigo num semanário luandense em que «zurzia» violentamente no Presidente da República, intitulado «O baton da ditadura», que lhe valeu grande notoriedade e uma onda de solidariedade internacional quase sem paralelo no país.
Entre as suas realizações, destaque ainda para a campanha pela democracia que promoveu em várias cidades do país no ano passado, sob o lema «Paz sem democracia, é fantasia», que, verdade seja dita, terá sido bastante produtiva, bem como um simpósio sobre Angola em Lisboa, com a colaboração da Fundação Mário Soares.
Até aqui, a Fundação Open Society teve as suas «impressões digitais» em quase tudo que fosse seminário ou palestra sobre direitos humanos, paz e democracia, ou ainda no surgimento de várias organizações cívicas, com destaque para a «Mpalabanda» de Cabinda.
Ainda no enclave, promoveu incisivos relatórios sobre a violação dos direitos humanos pelas Forças Armadas Angolanas, no quadro da guerra contra os movimentos separatistas, que azedaram ainda mais as relações entre o governo e a organização de George Soros.
Contudo, a partir do ano passado, as relações entre a Open Society e o governo de Angola registaram um certo desanuviamento, tendo-se falado mesmo num acordo entre ambos, à custa da «cabeça» de Rafael Marques. Note-se que George Soros, cuja visita a Angola para um provável encontro com José Eduardo dos Santos foi aventada, tem bastante influência em certos meios financeiros internacionais, com tudo o que isso implica para quem necessita de substantivos empréstimos, como é o caso do nosso país.
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