
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússa, Serguei Lavrov, chega hoje a Luanda, após visita à África do Sul que reforçou a proximidade com Moscovo. A deslocação acontece numa altura em que Angola se aproxima dos EUA.
A chegada de Serguei Lavrov ao Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro está marcada para as 18:05 locais, realizando-se o programa oficial apenas no dia seguinte.
Na quarta-feira (25.01), o chefe da diplomacia russa, acompanhado da sua delegação, vai encontrar-se de manhã com o ministro das Relações Exteriores, Téte António, seguindo depois para uma audiência com o Presidente angolano, João Lourenço.
O ministro russo visita em seguida o Memorial Dr. António Agostinho Neto, bem como o jazigo do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, que morreu em 8 de julho do ano passado.
Lavrov segue logo depois para uma visita guiada ao Museu Nacional de História Militar, antes de passar pela Escola da Embaixada da Federação Russa. O diplomata regressa a Moscovo na quinta-feira (26.01) de manhã.
A visita acontece numa altura em que Angola, após se posicionar de forma neutra perante a guerra na Ucrânia, abstendo-se de votar uma resolução da ONU condenando a invasão russa, em março, juntou-se em outubro à maioria dos países que condenaram a anexação de territórios ucranianos pela Rússia.
Angola tem vindo a reposicionar-se nos últimos meses em termos de política externa, aproximando-se dos EUA (EUA) e da União Europeia (UE), e distanciando-se da Rússia.
Em meados de janeiro, João Lourenço disse que era hora de negociar a paz na Europa, voltando a apelar a um cessar-fogo definitivo e incondicional por parte da Rússia para criar o "necessário ambiente negocial" entre as partes.
O chefe de Estado angolano apontou a guerra na Ucrânia como "uma séria ameaça à paz e segurança" da Europa e do mundo, provocando a maior crise energética, alimentar e humanitária desde a Segunda Guerra Mundial.
Em abril de 2019, João Lourenço visitou Moscovo e discursou perante os 450 deputados da Duma (a Câmara Baixa do parlamento russo) incentivando a uma maior cooperação empresarial em áreas que contribuam para a diversificação da economia angolana.
Citado na altura pelo Jornal de Angola, o Presidente angolano falou sobre parcerias público-privadas e empresas mistas russo-angolanas e lembrou que é "em momentos de crise que se reconhecem os amigos", numa alusão à necessidade de a Rússia apoiar Angola no seu objetivo de se libertar de uma economia praticamente dependente das receitas do petróleo.
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