
Angola vai procurar admitir à negociação no estrangeiro a diamantífera estatal Endiama, após uma oferta pública inicial em casa, disse o seu ministro das Minas, mesmo numa altura em que as operações da empresa estão a ser afectadas por ligações com a mineira russa Alrosa, atingida por sanções.
O país membro da OPEP embarcou num grande esforço de reforma e privatização da economia sob o Presidente João Lourenço, que envolve uma entrada em bolsa parcial do colosso petrolífero Sonangol e da produtora de diamantes Endiama.
Mas a invasão russa da Ucrânia em Fevereiro último desencadeou sanções contra uma série de empresas, incluindo a Alrosa, o que por sua vez prejudicou as operações da Endiama.
A Alrosa é a maior empresa mineira de diamantes do mundo e tem uma joint-venture com a Endiama em Angola.
"As sanções estão lá e há algum impacto", disse Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, à Reuters, à margem de uma conferência mineira na Cidade do Cabo.
Não quantificou o impacto sobre a Endiama das sanções sobre Alrosa e disse que o governo estava a tomar todas as medidas necessárias para evitar qualquer efeito negativo sobre a produção diamantífera.
A privatização proposta pela Endiama ainda está em curso e o governo optaria por uma oferta pública inicial após a sua reestruturação, disse Azevedo.
"O nosso objectivo é (cotar) até 30% mas começará talvez com cinco ou 10%", disse, acrescentando que a empresa seria cotada na bolsa de valores angolana e depois procuraria uma cotação secundária estrangeira.
De acordo com um documento distribuído pela Endiama na conferência mineira, a sua produção para 2022 praticamente não registou alterações, com 8,75 milhões de quilates. Isto contra uma orientação revista de 10,05 milhões de quilates que se previa no ano passado.
A diamantífera espera produzir 12 milhões de quilates em 2023 e 14,5 milhões de quilates em 2024, de acordo com o documento, que estimava as receitas em 2,5 mil milhões de dólares em 2024.
Mas o governo ainda não aceitou as estimativas, disse Azevedo.
A Endiama prevê mais do dobro da sua produção diamantífera entre 2022 e 2027, para 17,5 milhões de quilates, diz o documento.
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