Anteriormente o “Kuduro” era feito apenas como uma diversão. Actualmente, este tipo de músicas tem sido cantada com bastante agressividade, contendo sobretudo insultos. Este tipo de afronta é dirigido directamente à grupos rivais como forma de desafios.

Segundo o semanário O Independente, a cerca de 4 anos atrás, alguns Kuduristas, entre eles “Pai Diesel”e “Máquina do Inferno” nomeadamente, protagonizaram uma luta tenaz pela conquista do mercado, particularmente da massa juvenil, tendo depois ambos cantado uma música intitulada “união”, alegadamente para fazer as pazes.

Com o surgimento de vozes femininas, como “Fofandó”, “Noite e Dia”, “Nayo Crazy”, “Gata Agressiva” e outras em busca de protagonismo, as palavras obscenas nesse estilo de música aumentaram consideravelmente denegrindo assim a imagem de uma das outras.

Entretanto, com o ascender da delinquência, os gangs, adoptaram uma forma de eliminar e ofuscar os grupos rivais, o Kuduro é a via mais viável. Fontes do semanário O Independente, o bando “Alameda Squad”, com proeminência nas zonas dos Combatentes, e Rangel, foi o primeiro a lançar uma dessas músicas.

No “Music all”, angolano surgiram canções como “Não respeita né e Am”, entoadas por Escócia, um rapaz que aparenta ter 17 anos de idade e residente no bairro dos Coqueiros. O jovem Escócia, segundo ainda a mesma fonte, foi brutalmente espancado no início deste ano pelos seus carrascos do Grupo “HDA”, um dos primeiros a ser constituído em Luanda , isso nos 90.

Após a saída destes dois temas musicais, outras gangs lançaram, também as suas músicas. Os Squad, lançaram um tema intitulado “A baby”, onde lançaram insultos a outros grupos, particularmente aos “Alameda Squad”.

Outros grupos como “Kalunga Mata”, aparecem no mercado com a música “Bilindade” e mais outras apreciadas pela juventude. Alguns dos seus elementos foram, no mês passado detidos pela polícia nacional sob acusação de praticarem assaltos a mão armada, o que aliás foi confirmado por “Bebo King”, o seu vocalista principal aquando da sua apresentação aos órgãos de comunicação social pela polícia.

“Cazenga Squad”, entre outras gangs, vêm seguindo as mesmas pegadas, cuja a intenção primordial e somente a fama e mostrar aos outros bandos que não “estão a dormir”.